Andei por estes dias revisando um material antigo de Teorias da Comunicação, e fiquei espandata com uma constatação: a Teoria da Agulha Hipodérmica é muito válida até os dias de hoje. E vocês, querido leitor que nunca estudou isso, se pergunta: what the fuck???

Bom, eu vou te explicar: a Teoria da Agulha Hipodérmica (ou da Bala Mágica) diz que uma mensagem lançada pela mídia é imediatamente aceita e espalhada entre todos os receptores, em igual proporção. Os conceitos foram elaborados pela Escola Norte-Americana, durante os anos 1930, com o objetivo de fornecer bases empíricas e científicas para a elaboração de sistemas de comunicação, com ênfase nos efeitos da comunicação sobre o comportamento da população. Ou seja, a massa recebe a informação e absorve sem questionar ou responder.

Infelizmente, é o que eu vejo acontecer o tempo todo a minha volta. Muita gente me diz "isso é verdade porque eu vi na TV" ou então "é verdade! está no jornal". Se você viu CQC ontem pode observar que nem tudo que se lança no grandioso universo da comunicação é verdade. Eles criaram uma histórinha e lançaram no Twitter como se estivessem discutindo entre si. O resultado: a "discussão" foi parar até em grandes sites de notícias. E nem era verdade! Nem os próprios profissionais da comunicação questionam o que vêem, que dirá a "grande massa amorfa" na qual estamos nos transformando, cada dia mais.

Eu acredito que uma das pessoas de maior credibilidade hoje em dia não é o presidente Lula nem seu querido amigo, Barack Obama. Acho que é o Willian Bonner. Sério! Todos os dias ele e sua queria esposa apresentam um jornal medíocre e sensacionalista, que no entanto tem a maior audiência de todos os telejornais no ar atualmente. Uma vez me contaram uma destas lendas urbanas de que o Bonner uma vez disse que o Jornal Nacional era feito de um jeito que até o Homer Simpson poderia entender. E não existe ser mais boçal que Homer Simpson.

O que me dá mais ódio no coraçãozinho é que as outras emissoras em crescimento tem uma grande oportunidade nas mãos: criar um novo modelo de jornalismo. Não estou falando do famoso jornalismo imparcial, pois este todos sabemos que não existe. Estou falando de um jornalismo relevante, que dê a notícia por inteiro e que não se contrua sobre os dramas e desgraças. Infelizmente, tudo de "novo" que está vindo é velho, não buscam novos formatos, são cada vez mais sensacionalistes e boçáis.

E o pior de tudo é que eu acho que todo mundo vê isso, mas não está nem aí. Gente, este modelo de televisão está formando as futuras gerações através do sensacionalismo e da desgraça alheia. Que tipo de gente vai povoar o mundo daqui a 10, 20 anos? Não estamos acostumados a questionar o modelo, nem a nótícia, que dirá o perfil editorial. Estamos mesmo nos tormando a massa amorfa da Teoria da Agulha Hipodérmica e não estamos nem aí. Já que a grande mídia não me exige um feedback, então pra que questionar?

Estou falando isso porque venho observando a situação a algum tempo. Não estamos usando as armas das novas mídias ao nosso favor. Blogueiros do Brasil: uni-vos; para superar esta comunicação medíocre, estereotipada e boçal.

"Idealmente, a educação é uma defesa civil contra as cinzas radioativas dos meios de massa. Mas até hoje o homem ocidental não se educou nem se equipou para enfrentar os meios com suas próprias armas. O homem ocidental não só se mostra entorpecido e vago em presença do cinema ou da fotografia, como ainda agrava a sua inépcia através de uma condescendência e de uma arrogância defensiva despropositais em relação à “cultura popular” e às “diversões de massa”. Foi com esse mesmo espírito de paquidérmica espessura que os filósofos escolásticos fracassaram no desafio ao livro impresso, no século XVI. Os interesses investidos no conhecimento adquirido e na sabedoria convencional sempre foram superados e engolfados pelos novos meios. Seja para efeitos de conservação como para efeitos de mudança, o estudo deste processo, no entanto, mal se iniciou. A noção de que o interesse próprio aguça o olho no reconhecimento e controle dos processos de mudança carece de base, como o demonstra a indústria automobilística. Aqui vemos um mundo de obsoletismo tão condenado à lenta erosão como o foram as empresas fabricantes de caleças e carruagens, em 1915. Será que a General Motors, por exemplo, sequer suspeita dos efeitos das imagens da televisão sobre os possuidores de carro? As empresas jornalísticas também vão sendo minadas pela imagem da TV e pelos seus efeitos sobre o ícone publicitário. O significado do novo ícone publicitário ainda não foi apreendido por aqueles que, sob o seu influxo, arriscam perder tudo. O mesmo se pode dizer da indústria cinematográfica em geral. Essas empresas não são “alfabetizadas” senão em relação às linguagens de seus próprios meios e por isso são apanhadas desprevenidas pelas surpreendentes mudanças que resultam dos cruzamentos e hibridizações dos meios."

Marshall McLuhan. Os meios de comunicação como extensões do homem, página 221.

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Estamos em ano de eleição. E ano de eleição é sempre ano de comédia! Todos os dias, uma hora depois do almoço e uma hora depois da janta, o horário político gratuito bate a nossa porta para apresentar todas aquelas pessoas que buscam um cargo ou tentam se manter nele. Se você não viu, não sabe o que está perdendo. É a maior comédia de todos os tempos... na verdade, é melhor rir do que chorar. Ainda não entendo se os palhaços são eles ou nós.

A propaganda não é igual no país todo, a não ser pra presidente. Aqui no RJ, temos muitas pérolas. Romário, Mulher Pêra, Elimar Santos... além disso, tem uns caras que eu nem consigo ler o nome porque eles querem fazer uma autobiografia e contar suas propostas em 5 segundos, além de dizer seus números. É tão engraçado que eu não dou conta de ler o nome do cara!

Eu sei que eu não sou a única pessoa no mundo que faz isso. Só para deixar claro que eu não sou doente, eu não vejo as propagandas todos os dias, nos dois horários. Até porque eu juro que tenho mais o que fazer: uns torcentos livros pra ler, umas resenhas pra escrever, um projeto pra resolver... aff. Mas é algo que todos nós temos que assistir, afinal vamos de fato escolher nossos representantes no dia 3 de outubro.

Eu criei uns critérios para encontrar meus candidatos. E eu não vou contar em quem vou votar, porque o voto é secreto! E também não quero perder amizades... rs**. Vamos lá: eu não voto em candidatos que misturam política com religião. Eu não voto em ficha suja que deu um jeitinho. Eu não voto em candidato que sofreu algum tipo de ostracismo e também deu um jeitinho. Eu não voto em cadidatos que tentam levar a família toda junta. Eu não voto em candidato que foi eleito mais de uma vez e nunca fez nada (sim, eu sou dessas que marca a cara e pesquisa). Eu não acredito em candidato que promete demais.

Eu... bom, sou chata a beça! Será que eu vou conseguir escolher um candidato com todos esses meu parâmetros? É que eu sou meio idealista. Ainda bem que eu tenho mais de um mês pra me resolver. O problema ainda se mantém no fato de que eu não acredito na missa-metade do que os candidatos falam. Tipo aquela música do Biquini Cavadão "Eu presto atenção no que eles dizem mas eles não dizem nada". E lá pro final a mesma música diz "E é tão fácil ir adiante / Se esquecer que a coisa toda tá errada".

É isso aí. Na hora que você for votar, pense nos candidatos, pense no país que você deseja viver, pense nessa música (que é ótima, por sinal) e, seja egoísta! Pense no que você quer pra você. Geralmente, é o que todos querem mesmo... E, pense no seguinte também: você que colocar lá um palhaço, quer ser o palhaço, ou quer rir do palhaço?

PS: Fiquei pensando sobre isso desde que eu e a Sam, do Fadas na Janela, discutimos o assunto. Valeu a ajuda, amiga ^^

Gente, gostaram da cara nova do bloguito?? Agradeço a fofíssima da Thata adaptou pra mim!!!

Eu ADOREI as estrelinhas... agora só falta a gente descobrir qual o problema com o banner que não quer fixar. E o banner é lindo demais! Vocês tem que ver!!! Ela que fez também ^^

Além disso, estou planejando um sorteio em breve! Fiquem ligados.

É só isso hoje. Sem críticas por enquanto...


Depois de sair do cinema ontem a noite sobrepujada por um magnífico filme, eu descobri que a crítica (claro, sempre ela) caiu de pau em cima do diretor, roteirista e produtos do filme, o indiano M. Night Shyamalan. Peguntar não ofende: sempre teremos que ser nostálgicos em relação a Sexto Sentido? Por que não podemos simplesmente seguir em frente?

Shyamalan sempre foi desses caras megalomaníecos que gostam de escrever, produzir e dirigir seu próprio filme. E também sempre despertou o amor, o ódio e a discórdia no meio cinematográfico. Ele costuma fazer filmes do tipo amoe-o ou deixe-o. As vezes, as pessoas levam muitos anos para gostar e/ou entender seus filmes. Casos como esses podem ser lembrados por dois de seus filmes: A Vila e A Dama na Água.

Mas eu, particularmente, não estou aqui para discutir se ele é um gênio ou não. Confeço que não gosto de todos os seus filmes, e esta foi sua primeira adaptação. Mas deste eu gostei. E muito! O problema é que se criou muitas espectativas em torno do filme, que está pra ser lançado a sei lá quanto tempo. E todas as vezes que se rotula um filme como "um dos mais esperados" é fato que vai dar problema.

A história gira em torno do enredo do desenho Avatar: A Lenda de Aang (ou do game, o que vier primeiro). As nações que povoam a terra são nomeadas e divididas de acordo com o elemento que as representam: Nações do Fogo, Tribos da Água, Reinos da Terra e Nômades do Ar. O Avatar, uma espécie de ser mitológico e guia espiritual, único capaz de mantér contato com os espíritos da natureza, some do mapa. Ao saber disso, a Nação do Fogo resolve irá dominar e se aproveitar do outros povos, não só subjugando a todos, como também os proibindo de praticar o domínio de seus elementos.

O Avatar fica sumido durante quase 100 anos, até que um dia dois irmãos da Tribo da Água, Sokka e Katara, vão caça e se deparam com seu esconderijo. E aí começa o rebuliço. Os irmãos e o Avatar tem que fugir do exército da Nação do Fogo, ao mesmo tempo em que o Avatar e Katara, a última dominadora da água de sua tribo, devem aprender a dominar o elemento.

Muitas lutas maravilhosas, muitos efeitos visuais muito bem feitos e encaixados, uma trilha sonora que te ficar imerso no enredo do filme durante seus 103 minutos. As atuaçãos são, de fato, muito boas. Dev Patel desenvolve muito bem o papel de Zuko, o vilão atormentado, enquanto Jackson Rathbone, encarnando Sokka, mostra que pode receber mais do que meia dúzias de falas e, lembrar de todas e, ainda assim, atuar muito bem. Pra quem não sabe, Rathbon é o vampiro Jasper, da Sagra Crepúsculo. Vamos combinar, ele está sendo muito mau aproveitado noa saga.

Gostaria de dar destaque a Noah Ringer, no papel de Aang. O baixinho consegue se sair muito bem no papel, não só com as lutas mas também desenvolvendo um personagem muito rico e profundo. E ele é uma criança fofa ^^. A menina que faz Katara, braço direito de Aang, é Nicola Peltz, uma fofa de olhos azuis que também se sai muito bem, fugindo do esteriótipo de menininha indefesa e atrapalhada que eu achei que ela ia fazer. É outra que se sai muito bem nas cenas de luta.

Não posso deixar de dizer que a fotografia me deixou de boca aberta. Cada imagem mais linga do que a outra, cada desenvolvimento mais impressionante do que o outro. Acredito que o cenário ajuda, mas muito acontece pelas mãos do fotógrafo e dos câmeras. Como retratar os elementos, fogo, água, terra e ar, sem uma boa fotografia? Isso é impossível. A grande questão é que é muito difícil fotografar o elemento ar! E eles conseguiram!

Acho que o único furo que eu posso apontar é ter sido convertido para 3D. Não é um bom 3D e não foi feito para ser assistido em 3D. Então, não perca seu dinheiro, assisto o 2D mesmo, que é praticamente a mesma coisa. O problema é que essa onda de 3D está levando a todos a converter filmes, e o resultado não é bom. Fúria de Titãs não ficou bom, Alice no País das Maravilhas tão pouco (estou falando na questão do 3D ok?). Os diretores/produtores/editores deveriam ter aprendido alguma coisa com isso.

O filme é esteticamente bonito e impressionante, e eu não sei se o roteiro é uma boa adaptação. porque eu nunca foi de acompanhar o desenho e tal. Mas o que posso dizer é que foi um dinheiro bem investido e que recomendaria tranquilamente, porque vai agradar à toda a família. Um bom filme de entretenimento, com umas questõeszinhas ligadas um pouco a natureza e a essência do ser humano. Veja e venha aqui comentar o que achou!


O Aprendiz de Feitiçeiro foi uma das grande apostas do ano, e acabou desapontando muita gente. Mas não a mim! Primeiro porque eu não leio críticas antes de ver o filme. Segundo, porque o filme cumpriu o que se propunha a fazer.

Nicolas Cage, vulgo Balthazar, está lá, desempenhando um ótimo papel, no maior estilo Dumbledore. E eu ADORO Harry Potter ^^! Vamos combinar, ele é o "galã" do filme. O personagem principal, Dave, vivido pelo novato Jay Baruchel ,é um nerd desajeitado que não faz idéia do que o destino vai lhe pregar uma peça. Claro que esse jeitinho nérdico de ser é que conquista a garota dos sonhos dele.

A história é a seguinte: Merlin treina 3 grandes feitiçeiros para guardar seus grandes segredos e lutar contra o mal. Infelizmente, ele é traído por um de seus discípulos, Horvath, que o entrega para Morgana, um ser mau como o pica pau. Na tentativa de salvar o mundo Veronica aprisiona Morgana em seu corpo, e ambas vão parar dentro de uma boneca russa. A única pessoa capaz de salvar o mundo e lutar contra Morgana será o próximo merliniano e sobra pra Balthazar achar essa pessoa.

Ele fica nesta busca por muitos e muitos anos quando, por acaso, Dave entra em sua vida. E, bom... nçao será uma relação fácil. Como você convense um adolescente super ligado em ciências de que magia existe? Daí em diante, é só diversão. Com muitos efeitos especiais, muitas piadinhas e uma trilha sonoro ótima, O Aprendiz de Feitiçeiro com certeza é um filme que vale o ingresso.

Fica a dica: revejam Fantasia, aquele filme de animação com o Mickey. O filme tem uma inspiração nele, e faz uma releitura da cena em que o mago manda Mickey arrumar o laboratório e ele tenta da uma de espertinho usando magia e causa a maior confusão.

Pelo que eu andei lendo, o filme sofreu duras críticas. Mas eu gostei, e muito. E recomendo. Ele não é o filme do ano e está longe de entrar para alguma dessas listinhas famosas ou concorrer a um Oscar, mas entretem e diverte do início ao fim. E, sejamos muito sinceros, este ano tá osso pra indústria cinematográfica...

PS: Será que conseguirei ir assistir O Último Mestre do Ar amanhã? Alguém sabe me dizer se ele foi feito ou convertido pra 3D? Uma vergonha que eu ainda não saiba isso, mas é porque... bom, como eu disse à cima, eu não leio críticas antes de ver o filme. Como é uma das "grandes apostas" (odeio essa expressão) do ano, eu tenho medo da fila.


Eu estava devendo um post aqui sobre a série de livros "Magia em Manhattan", da canadense Sarah Mlynowski. Tem uns meses que eu li e achei muito legal. Agora, com um distanciamento, continuo adorando os livros.

Leve, delicada e engraçada: são três palavras que resumem o estilo desta trilogia. A história começa de um jeito bem simples, como todo os livros para adolescentes devem ser. Rachel é uma típica adolescente: estuda, tem sonhos, problemas com a família, desejos de ser popular, paixões platônicas... enfim, ela poderia ser qualquer menina de 15 anos que você conhece. Entretanto, tudo está prestes a mudar! Numa manhã dessas qualquer ela vai descobrir um segredo de família, que sua mãe guardou às sete chaves: ela é uma bruxa. De verdade. E sua irmã mais nova, Miri, também.

O que serviria para deixar qualquer um louco torna-se uma grande comédia: enquanto sua mãe proíbe Miri de fazer feitiços, Rachel procura formas de realizar seus desejos de maneira meio ilícita. E seu primeiro pedido? Tornar-se popular. E é aí que a confusão começa. Ao mesmo tempo que Miri quer respeitar o desejo de sua mãe, ela também quer conquistar um espaço maior no coração de sua irmã. E, apesar de não poder praticar magia antes de terminar suas lições com sua mãe, ela resolve atender os pedidos de sua irmã. E, claro, sendo uma jovem idealista, Miri resolve ajudar o mundo. Todo mundo ao mesmo tempo.

E os outros três livros são pautados nesta mesma linha: Rachel e Miri se enfiando em confusões inesplicáveis por causa da magia, que nenhuma das duas entende como funciona direito. Além disso, Rachel não entende por que sua irmã mais nova tem poderes mágicos e ela não. A menina já tinha conseguido os seios, por que não deixou pra ela a magia?

Entretanto, a grande virada acontece quando, de repente, Rachel se torna a pessoa mais sensata dessa família nada comum. Enquanto sua mãe, depois de muito anos sem praticar, torna-se uma viciada em magia, sua irmã resolve concentrar toda a sua atenção em salvar os outros e se esquece de si mesma. O que Rachel pode fazer quando se vê no meio de duas bruxas descontroladas?

E você se pergunta: E AGORA??? Bom, eu não vou contar!

Recomendo estes livros para uma leitura leve e despretensiosa. A linguagem é simples, a história tem muitas reviravoltas e você vai se surpreender. E ouso dizer que o livro pode agradar tanto as mães quanto as filhas.

Agora estou na espectativa de sair o 4º livro: Parties & Potions (Festas e Poções). Tenho certeza que este livro será o melhor de todos. Fiquem aqui na torcida comigo para a editora Galera Record lançar logo!!!

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PS: Infelizmente, não encontrei para vender Parties & Potions nem em inglês. Este ficarei devendo!

Meu Vício Agora
Kid Abelha

Não vou mais falar de amor
De dor, de coração, de ilusão
Não vou mais falar de sol
Do mar, da rua, da lua ou da solidão

Meu vício agora é a madrugada
Um anjo, um tigre e um gavião
Que desenho acordada
Contra o fundo azul da televisão

Meu vício agora...
É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar...é voar

Não vou mais perder
Lágrimas baratas sem nenhum porque
Não vou mais perder
Melôs manjadas de Karaokê

E mesmo assim fica interessante
Não ser o avesso do que eu era antes
De agora em diante ficarei assim...
Desedificante

Meu vício agora...
É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar... é voar


Título original: Inception

Elenco: Leonardo DiCaprio, Michael Caine, Marion Cotillard, Ellen Page, Cillian Murphy, Joseph Gordon-Levitt, Ken Watanabe

Direção: Christopher Nolan

Gênero: Ficção científica

Duração: 148 min

A Origem, sem dúvida, será o filme do ano. E Chritopher Nolan, sem dúvida, será o diretor do ano. Mas se nenhum dos dois ganhar um Oscar, não se chateie. A Origem, de fato, não é pra qualquer um. Mexendo mais uma vez com nosso subconsciente e explorando o lado dos sonhos, Nolan consegue se sair bem de novo! E dessa vez não é só dirigindo. Ele é o roterista e o produtor. É claro que o elenco também ajudou, mas um bom elenco mau dirigido é o caos (vide Predadores).

A narrativa se desenvolve em torno de Dom Cobb, um habilidoso ladrão. Mas a especialidade dele vai muito além de jóias e dinheiro: ele rouba segredos, e é o melhor do ramo. Durante o sono, quando a mente está mais vulnerável, ele entra no sonho em busca dos segredos mais bem guardados. E ele sempre encontra o que procura. No mundo capitalista, ele se torna uma peça fundamental para a espionagem industrial. Mas seu trabalho faz com que ele perca tudo o que lhe é importante e se torne um homem procurado pela polícia. Isso significa: ele não pode voltar para casa.

Então ele recebe uma proposta (quase indecente): implantar um segredo, um pensamentozinho na mente de um homem muito poderoso. O que ele receberá em troca? A liberdade, a possibilidade de voltar pra casa e recomeçar sua vida. Mas isso é algo que ninguém sabe se será possível. Mas ele aceita o trabalho mesmo assim, sabendo que essa é a única saída para poder realizar (ironicamente) seu sonho.

Para tanto, Cobb forma uma equipe com os melhores na área e arrisca tudo o que tem (claro, sem avisar a ninguém das consequências de suas escolhas) nesta último trabalho para ter sua vida de volta.

Eu sei que eu andei criticando filmes que fogem da realidade, mas este consegue te fazer acreditar que tudo é possível. Os cenários, a estética, a fotografia... tudo contribui pra te fazer acreditar que qualquer sonho é realidade. Afinal, quando estamos tendo um sonho, por mais absurdo que ele seja, nós temos todas as sensações boas e ruins que estão rolando. Se você acha que jé viu realidades alternativas, esta aqui com certeza vai te surpreender.

É claro que eu não poderia deixar de falar sobre a trilha sonora do filme, essencial para criar todo o clima do filme. Cada música, cada elemento está no lugar certo, na hora certa, e contribui profundamente pra história. Particularmente, uma ótima compilação musical.

Com nada além de um roteiro que, no final, pode se mostrar nem tão original assim, A Origem merece todos os elogios e rasgações de seda à cerca de qualquer aspecto do filme. Longe de ser medíocre ou mentiroso, o filme entra, agora e definitivamente, pra lista dos melhores filmes da história.

"Observanção típica de avó, pensei, lembrando-me particularmente de minha outra avó, tão adepta das "ocupações femininas" - bordar, fazer acolchoados, transformar em tapete meias velhas cujos buracos ela já cerzira. Não lembro se ela alguma vez fizera renda ou bordado. Mas, renda ou bordado, tranquilizei-me. Que diferença faz? O que importa e a teoria. Agora percebo, entretanto, que a atitude de autodefesa diante do reparo de minha avó não se manifestou na verdade por ser um comentário típico de avó, mas por me ter lembrado um tipo de historiador da arte que, diante de um argumento teórico, o refuta apontando enganos banais. Mas minha avó não era uma historiadora da arte e enxergava as coisas numa outra prespectiva. O fato de ela identificar a diferença entre uma renda e um borado e entre um dente e um olho resultam de uma habilidade não valorizada no interior da disputa disciplinar que eu imaginava. Pode ser verdade que, nesse caso, pouco importa se se trata de renda ou de bordado, mas importa muito o fato de que minha avó conseguia ver algo que eu não via: isso demonstra que aquilo que cada um de nós vê depende da história individual de cada um e do modo como cada subjetividade foi construída."


Fragmento do livro "Sobre as ruínas do museu", de Douglas Crimp.
Editora Martins Fontes, 2005.

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Imagine o seguinte: um grupo de pessoas de caráter duvidoso cai de paraquedas numa selva, sabe-se lá onde, em que encontram criaturas alienígenas e muitas espécies de plantas venenosas. O sol nunca muda de posição e eles não conhecem o inimigo. Morpheus está lá, mas ele não faz aquela oferta da pílula azul ou da pílula vermelha e tem um estado de espírito muito estranho. Ah! É claro, em se tratando de Hollywood, temos muitas armas diferentes, muitas explosões e munição eterna.

Imaginou? Pois, bem esta mistura muito estranha de LOST com Twillight Zone e um pouquinho de Rambo com certeza está passando em um cinema perto de você.

Veja bem, eu sou uma chata de galochas. Mas em se tratando de bloskbuster eu geralmente abro mão de muitas exigências para ter um momento de ameba em coma: eu não quero falar, eu não quero pensar e, Deus me livre, de ter que raciocinar. Mas o novíssimo filme baseado nos alienígenas de dreads deixou muito a desejar. Aliás, nos últimos tempos, eu realmente não tenho visto um bom filme (só pra variar)!

Com um roteiro furado, cheio de frases de impacto, clichês e uma trilha sonora que eu não entendo, Predadores tenta mostrar um pouco do universo destes maravilhosos seres com sangue verde fluorescente. Alice Braga está lá, linda, tentando sustentar um roteiro péssimo com uma personagem duvidosa, mas cheia de humanidade. Adrien Brody nos mostra seu físico de peso-pena encenando o papel de um mau caráter que tem sua arma como melhor amigo. Pergunta: será que eles não recebem propostas melhores? Afinal, Alice Braga já fez coisa muito melhor. E Adrien Brody ganhou um Oscar!!!

É claro que neste saco de gato, temos um representante de cada lugar: um russo, um chinês, um mexicano, um africano, um afegão, uns americanos - todos da pior espécie, vindo de guerras e da máfia. Há também um personagem contraditório - um médico, que você irá descobrir que está ali pelas razões mais compreensíveis que existem. Em seus territórios, cada uma dessas pessoas é um predador, mas neste planeta, eles são a caça. Algo do tipo provando do seu próprio veneno.

Enfim, a proposta era boa. Mas acabou deixando no ar uma insatisfação. Ficou abaixo da média do que um filme deste tipo poderia proporcionar. Os personagens não foram bem explorados, os talentos ficaram escondidos, coisas muito bizarras aconteceram, e sem nenhum nexo. Não deixe de ver o filme por minha causa, mas vá preparado pro pior.

E, pra fechar, deixo um diálogo do filme:

"-O inimigo do meu inimigo também é meu inimigo."
"-Mas isso não faz do seu inimigo um amigo".



E para honrar o nome do blog, aí vai uma foto. E nem é porque eu estou sem idéia sobre o que postar. Esta foto é de Atafona, de quando fui fazer um trabalho de campo lá. Infelizmente, se você resolver ir lá e procurar esta paisagem, ela não existe mais. O mar está "engolindo" a cidade (tem um nome científico, mas eu n lembro). É um fenômeno natural, que ocorre de tempos em tempos.

Na verdade, é uma das minhas fotos preferidas e o meu xodó. E sim, fui eu que fiz esta foto.

Também gostaria de dar parabéns pra uma pessoa muito especial. Fernanda, querida!! Hoje é seu niver. Mega parabéns pra você. Que sua vida seja sempre assim, abençoada e cheia de luz! E desculpe por não ter ligado. Adoro você sempre. Beijão pra você... abraço nas crianças^^

E uma pérola de sabedoria pra terminar este post que ficou meio sem pé nem cabeça: "Os bem-educados contradizem outras pessoas. Os sábios contradizem a si mesmos." (Oscar Wilde
)

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