"Uma sensação de felicidade tomou conta quando olhou em volta pela biblioteca. Ela sempre gostara do cheiro de levemente doce e mofado que apenas um salão cheio de livros tinha. Ela se reconfortava com o barulho de páginas sendo folheadas. A biblioteca da outra escola sempre fora seu esconderijo, e ela se sentiu quase dominada pelo alívio quando percebeu que aquela ali podia oferecer a mesma sensação de santuário. Mal conseguia acreditar que o lugar pertencia a nova escola. Era quase... na verdade era... acolhedora.

As paredes eram de um mogno escuro e o pé-direito era alto. Uma lareira com espelho de tijolo ficava numa das paredes. Havia longas mesas de madeira iluminadas por abajures antigos esverdeados, e corredores de livros que se estendiam além do alcance dos seus olhos. O barulho das botas foi abafado por um tapete persa quando ela atravessava a entrada distraidamente."

Fragmento retirado do livro Fallen, de Lauren Kate, páginas 75 e 76. Para comprar este livro, clique aqui.

Eu sei que um monte de gente me acha mega chata, a típica mocinha cult estudante de artes. Que escuta Los Hermanos, lê Argan e discute artes plásticas tomando um chopinho. De fato, esta é uma das minhas muitas facetas. Cássia Eller diria "sou fera sou bicho, sou anjo, sou mulher, sou minha mãe, minha filha, minha irmã, minha menina"... eu digo que tem um lado meu oprimido gritando por um post. Então resolvi conseder ao meu alter-ego dor de cotovelo um post.

Observem bem, aí em cima, no título... está escrito Parte I. O que significa que de vez em quando eu vou liberar uma de minhas facetas oprimidas pra vocês. Esperem muito mais de onde vem isso durante minha vida.

Depois de muita disucssão entre eu e mim mesma, começou a tocar uma musiquinha da Marisa Monte: "eis o melhor e o pior de mim". Daí, é claro, ela teria que estar nesse post! Meu alter-ego dor de cotovelo adora Marisa Monte, e fiz uma compilação de frases das músicas dela (ou interpretadas por ela) que fazem parte da filosofia da minha vida.

Eu sei que disso muita gente não sabia (a-há! eu, sempre surpreendendo), mas Marisa Monte me ajudou a passar pela minha adolescência de forma positiva, sem que eu cometece nenhum crime e nem cortasse os pulsos.

Então, aí vai um pouco do meu Marisa Monte way of life:

1 - Só não se preca ao entrar no meu infinito particular (Infinito particular);

2 - Deixa o coração ter a mania de insistir em ser feliz (Quem foi);

3 - E o que é que a vida fez da nossa vida? (Bem que se quis);

4 - Pra ser sincero o meu remédio é te amar, te amar (Pra ser sincero);

5 - Sonhar não custa nada eu quero tanto ainda (Eu queria que você viesse)

6 - A dor é de quem tem (De mais ninguém);

7 - E eu já não me sinto só com o universo ao meu redor (Universo ao meu redor);

8 - Deixa que eu seja o céu (Beija eu);

9 - Eu quero aquilo que não tenho (Tudo pela metade);

10 - Na vida só resta seguir um risco, um passo, um gesto rio afora (É você).


Vejam, bem... hoje deu tudo errado. Meu post era pra ser sobre minha monografia, ia desponibilizá-la para download. O site de download passou o dia todo fora do ar, meu pc resolveu fazer uma atualização e ferrou com tudo, tive que desativar o Echofon que tava travando o Firefox, não consegui escrever nem uma linha da nova monografia... e pra completar, acabei de acertar o dedinho na quina da porta da sala.

Tudo hoje me deixou estressada, e desde que eu me levantei me senti extremamente irritada. Nessas horas eu penso: algo de errado não está certo. Não há motivos pra tanto. E eu acabo me lembrando de uma das minhas condições femininas: estou com TPM.

Sério, quando chega essa época, sai de baixo. Eu reveso momentos de ira com momentos de choro histérico. Ao mesmo tempo que bater uma panela pode me fazer gritar de ódio, uma propaganda de sabão em pó pode me fazer desabar num pranto de dar dó.

E é claro que ninguém me deixa quieta, lendo meus livrinhos, pensando no nada, na companhia da minha gata. Acho que todos sentem o cheiro da minha irritação e vem pegar no meu pé. Depois vem reclamar dos meus momentos de ira, em que eu rodo a baina e chuto o pau da barraca.

Se você tem TPM, você sabe exatamente como eu me sinto. Se você não tem, imagine como é inchar feito um balão, ter enxaqueca 24 horas por dia durante uma semana e ficar com um humor de dar medo. O pior é morar com gente que não entende sua situação. É claro que eu fica todo mundo ofendidinho de graça, mesmo sabendo que eu não estou afim de papo.

Por tanto, não me critique. Não fale sobre o meu peso nem do fato de eu comer um caixa de chocolate de uma vez. Não mexa no que eu estou fazendo, principalmente se eu estiver cozinhando. Não venha falar comigo se eu estiver lendo, muito menos se tiverem fones nos meus ouvidos. Não fique atras de mim no computador querendo ver o que eu estou fazendo ou ler o que eu falo no MSN. Mas, principalmente, não me diga que eu estou exagerando.

Se você perceber que algo de errado não está certo, melhor não chegar muito perto. Porque eu mordo. E dói!


Não é só porque foi eleita uma das melhores trilogias de todos os tempos ou porque recebeu todos os prêmios de literatura possíveis e imagináveis na Inglaterra e no mundo todo. Mas a trilogia Fronteiras so Universo, do britânico Philip Pullman, conquistou meu coração nos primeiros capítulos. Eu poderia fazer uma lista com um 100 motivos pra você ler estes livros e/ou comprar para seus filhos, mas com certeza ninguém teria paciência de ler. Então vou contar um pouquinho da história e falar dos probleminhas que ele vem tendo. E cada um resolve se lê ou não, se concorda ou não...

Bom, tudo começa com A Bússola Dourada (magistralmente adaptado para o cimena sob o título "A Bússola de Ouro"). Lyra Belacqua é uma moleca que mora em um universo muito parecido com o nosso, mas não exatamente igual. Em sua Oxford, todos os humanos tem um deamon, um animalzinho, do qual não podem se separar. Eles são um tipo de espelho do humor e dos pensamentos de seus humanos. O deamon de Lyra chama-se Pantalaimon.

Neste primeiro livro, Lyra sai das protegidas paredes da Universidade de Oxford para viver uma aventura em seu próprio mundo. Fugindo da Senhorita Coulter, ela conhece uma série de criaturas fantásticas (inclusive um urso de armadura) e põe pra quebrar quando descobre os planos malignos de sua mãe. Além disso, aprende sozinha como ler o aletômetro sozinha, coisa que ninguém achava ser possível.

No segundo livro, A Faca Sutil, somos apresentados a mais um personagem: Will Parry, um garotinho que tem sérios problemas familiares. Depois de matar um homem em sua cidade, ele resolve fugir e seu destino se cruza com o de Lyra. Juntos, eles começam a explorar juntos as fendas que existem entre seus mundos, fazendo grandes e sinistras descobertas. Eles exploram os segredos do aletrômetro e da faca sutil, mais um artefato mágico que aparece para traçar o destino das duas crianças. E tem mais uma coisa: eles começam a encontrar respostas para perguntas sobre o Pó, sua importância, e por que uma guerra parece iminente diante de tais segredos.

Infelizmente, algo muito ruim acontece: a mãe de Lyra consegue colocar as mão nela, sequestrando-a e levando-a para um esconderijo secreto. Sem ajuda, será impossível encontrá-la.

No terceiro livro, A Luneta Âmbar, Will começa sua empreitada de resagate ao lado de novos amigos: dois anjos. Tê-los aos seu lado é uma benção, mas também pode ser muito perigoso. Ele terá que andar muito, atravessar muitos mundos e abrir e fechar muitas fendas para que possa ser bem sucedido, ao mesmo tempo em que se esconde das pessoas que querem roubar seus artefatos. Ao ajudar Lyra, ele estará ajudando muitas outras crianças. Mas o que pode aocntecer se tudo der errado?

E aí eu me pergunto: um eredo legal, com personagens interessantes e complexos. Magia, mundos paralelos e todos os ingredientes de uma grande trama. Por que este livro não deu certo como Harry Potter? Na minha opinião, as duas séries são muito boas e devem ser lidas. Eu tenho as duas, adoro, e já li mais de uma vez (ninguém lê o mesmo livro duas vezes, não é?). Então, por quê?

O problema é que a Igreja Católica meio que se indispós com alguns temas e passagens dos livros. O autor fala muito abertamente sobre o tema, seus personagens fazem críticar ferrenhas a religiões e são totalmente controversos: bruxas, feiticeiras, ciganos, demônios... todos encontram uma representação dentro do livro. Lyra é a nova Eva, Will sabe-se lá o que é. E a cientista Mary cria uma tentatação. Tudo muito estranho, muito misterioso, muito mal interpretado, e temos uma trilogia maravilhosa, superpremiada e muito pouco lida.

Vivendo nas sobras de Harry Potter, a Trilogia Fronteiras do Universo não fez metade do sucesso, mas não perde em nada para os livros de JK Rowlling. Recomendo para todos que conseguem se desfazer de seus preconceitos e dogmas, além de abrir a cabeça para outros pontos de vista e idéias um tanto quanto ortodoxas.


O que você faria se o amor acontecesse de forma inesperada? O que você faria se não conseguisse não se apaixonar? O que você faria para tentar manter o pacto de não dar rótulos a esta relação? Bom, muito complicado isso. Aliás, qualquer relacionamento entre seres humanos é complicado. Quem nunca treve problemas com esse assunto, que atire a primeira pedra.

Entretanto, o filme Amor e outras drogas vem tentando mostrar tudo isso é mais um pouco. O negócio é mais ou menos o seguinte: Jamie (Jake Gyllenhaal) é um mega conquistador que vai trabalhar numa cidadezinha do interior de Chicago como representante farmaceutico. Depois de passar um tempinho na cidade, ele conhece Maggie, uma artista-garçonete hipocondriaca diagnosticada precocemente com mal de Parkinson. Juntos eles constroem uma relação totalmente baseada em sexo, sexo e mais sexo. Entretanto, como manter isso tudo sem um envolvimento sentimental mais profundo?

E é aí que o problema começa: como não se envolver? Como não imaginar como poderia ser? Como não admitir uma relação mais profunda, tentando manter só o sexo, quando se começa a gostar da outra pessoa?

Eu não vou contar o que acontece, só direi que fiquei muito emocionada e me convensi (mais uma vez, eu me iludindo) que o amor muda as pessoas, tornando-as mais sentimentais e abertas aos outros. Claro que uma relação entre duas pessoas "ligeiramente" complicadas só pode ser uma comédias.

Vamos combinar: o diretor Edward Zwick acertou a mão na hora que colocou Anne Hathaway e Jake Gillenhaal juntos de novo, agora como um casal de fato (para quem não se lembra, eles ja estiveram juntos em Brookback Montain). Eles são lindos, ótimos atores, estão em franca ascenção, e tem uma química visível. Aliás, se eles resolvessem ter filhos, seriam crianças lindas. As cenas são muito convincentes e a sexualidade de ambos são muito bem exploradas, mas de maneira muito interessante e delicada.

Amor e outras drogas é um desses filmes raros que trazem risos e lágrimas, muita identificação e um sentimento de que é necessário precisar de outra pessoa.

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