Andei por estes dias revisando um material antigo de Teorias da Comunicação, e fiquei espandata com uma constatação: a Teoria da Agulha Hipodérmica é muito válida até os dias de hoje. E vocês, querido leitor que nunca estudou isso, se pergunta: what the fuck???

Bom, eu vou te explicar: a Teoria da Agulha Hipodérmica (ou da Bala Mágica) diz que uma mensagem lançada pela mídia é imediatamente aceita e espalhada entre todos os receptores, em igual proporção. Os conceitos foram elaborados pela Escola Norte-Americana, durante os anos 1930, com o objetivo de fornecer bases empíricas e científicas para a elaboração de sistemas de comunicação, com ênfase nos efeitos da comunicação sobre o comportamento da população. Ou seja, a massa recebe a informação e absorve sem questionar ou responder.

Infelizmente, é o que eu vejo acontecer o tempo todo a minha volta. Muita gente me diz "isso é verdade porque eu vi na TV" ou então "é verdade! está no jornal". Se você viu CQC ontem pode observar que nem tudo que se lança no grandioso universo da comunicação é verdade. Eles criaram uma histórinha e lançaram no Twitter como se estivessem discutindo entre si. O resultado: a "discussão" foi parar até em grandes sites de notícias. E nem era verdade! Nem os próprios profissionais da comunicação questionam o que vêem, que dirá a "grande massa amorfa" na qual estamos nos transformando, cada dia mais.

Eu acredito que uma das pessoas de maior credibilidade hoje em dia não é o presidente Lula nem seu querido amigo, Barack Obama. Acho que é o Willian Bonner. Sério! Todos os dias ele e sua queria esposa apresentam um jornal medíocre e sensacionalista, que no entanto tem a maior audiência de todos os telejornais no ar atualmente. Uma vez me contaram uma destas lendas urbanas de que o Bonner uma vez disse que o Jornal Nacional era feito de um jeito que até o Homer Simpson poderia entender. E não existe ser mais boçal que Homer Simpson.

O que me dá mais ódio no coraçãozinho é que as outras emissoras em crescimento tem uma grande oportunidade nas mãos: criar um novo modelo de jornalismo. Não estou falando do famoso jornalismo imparcial, pois este todos sabemos que não existe. Estou falando de um jornalismo relevante, que dê a notícia por inteiro e que não se contrua sobre os dramas e desgraças. Infelizmente, tudo de "novo" que está vindo é velho, não buscam novos formatos, são cada vez mais sensacionalistes e boçáis.

E o pior de tudo é que eu acho que todo mundo vê isso, mas não está nem aí. Gente, este modelo de televisão está formando as futuras gerações através do sensacionalismo e da desgraça alheia. Que tipo de gente vai povoar o mundo daqui a 10, 20 anos? Não estamos acostumados a questionar o modelo, nem a nótícia, que dirá o perfil editorial. Estamos mesmo nos tormando a massa amorfa da Teoria da Agulha Hipodérmica e não estamos nem aí. Já que a grande mídia não me exige um feedback, então pra que questionar?

Estou falando isso porque venho observando a situação a algum tempo. Não estamos usando as armas das novas mídias ao nosso favor. Blogueiros do Brasil: uni-vos; para superar esta comunicação medíocre, estereotipada e boçal.

1 comentários:

Fenana disse...

hahaha
eu não vi cqc, aqui em casa só pega globo e me recuso a ligar a TV!!! hauahauahau
mas eu concordo com vc... as pessoas não questionam... mas eu acho um pouco sensacionalista da sua parte perguntar "o que será da geração futura". Tipo, nós existimos... não somos lá grande coisa, mas nós questionamos a mídia. Sempre houve e sempre haverão a pequena parcela que irá contra o ssitema e será ouvida. O Felipe Neto ta aí pra provar... rsrs

Mas bom texto!! kakakaka

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